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sexta-feira, 27 de junho de 2014

A vulnerabilidade de nossos jovens!

Eu vejo com muita preocupação a postura de alguns pais que neste tempo bem conturbado onde os valores morais e éticos nos desafiam a criar nossos filhos, que usam da permissividade em todas as áreas desta vida.
Abusam da confiança que dão aos seus filhos, seja em qualquer área em que a gente se disponha a comentar. Estive observando nestes dias de festejos juninos, onde alguns menores de idade gozam do pleno direito de ir e vir, sem a companhia dos pais, e retornarem altas horas da madrugada, como se não existissem leis, nem regras.

É preocupante, pois os nossos adolescentes serão nossos jovens e adultos  amanhã, e necessitam de uma base sólida, de regras para escaparem numa sociedade corrompida e  com seus seus valores bem deturpados.
Nossos jovens estão se perdendo por que estão se arriscando mais, se envolvendo com drogas e bebidas com mais intensidade e profundidade muito cedo, e de certa forma estão tendo apoio embora que indiretamente de alguns de seus pais.
A falta de freio da famíliam apontamos como principal fator. Está faltando controle das emoções e sobrando irresponsabilidade por todos os lados.
Os instintos nos jovens afloram de forma ilusória, levando-os ao uso de bebidas alcoólicas em excesso, drogas e outras experiências bem cedo, e que dificilmente serão controlados posteriormente.

Os jovens perderam os referenciais de família e não estão se importando com as consequências de seus atos, e não acreditam que poderão ser punidos.
Estão  deixando suas vidas de lado para vender drogas e  consumir.
Escrevendo ainda sobre isto, tive o despreazer de  agora por volta de meio dia, ver  três garotos aparentando 11 a 14 anos, perambulando  pela minha rua,  com garrafas de tinner, cheirando e muito dopados inclusive.
Sou conselheira do CMDCA de minha cidade, pela instituição AACAZA e tentei conversar com eles por conhecer um dos garotos. Um bastante arredio achou que eu chamaria a polícia e não quis encostar, falava o tempo inteiro nisto. Os outros não se intimidaram, pois conheço bem um deles, filho de “mãe pedinte”, com uma vida já desgraçada pelas drogas. Sentaram na calçada e foram taxativos em me pedir comida. Disse que o almoço estava ainda sendo feito.
Então me pediram biscoitos, “qualquer coisa” - disseram. Conversamos bastante, falei sobre Deus, sobre eles tentarem mudar de vida, mas pouco me  ouviram por estarem bastante drogados. Um deles abriu a garrafa de tinner e solicitei que fechasse, pois não estava acostumada ao cheiro e iria me dar dor de cabeça. Ele prontamente me obedeceu. Perguntei o que tinham na garrafa, um deles me disse – “ é tinner, a gente compra a dez reais” - e  me pediu dinheiro. Eu disse que não daria dinheiro, e mandei pegar um pacote de biscoito para eles. Entreguei os biscoitos e prontamente abriram, agradecendo, sem querer muita conversa,  estava famintos.

Falei com eles sobre voltarem para a escola, falei de um  futuro melhor que eles estavam perdendo para as drogas. O outro garoto do outro lado me disse - “você vai fazer mal a gente...” - Eu disse – “ eu não, o mal vocês já estão fazendo a vocês mesmos, se drogando...” E foram tropicando entre suas pernas e comendo biscoito.
 Fiquei pensativa, doída, machucada, por ver a situação e não poder fazer muita coisa. Os telefones não me ajudaram a localizar os conselheiros tutelares. Com o telefone na mão, fiquei sem ação.
Essa é a nossa triste realidade. Esses jovens vivem em companhia de amigos que lhe parecem bons  de verdade, mas, não são nem amigos e muito menos parceiros. Por outro lado, está a família que luta para não acontecer o que ela vê acontecendo na casa do vizinho como a violência, o assassinato, a morte... Quando esta história amanhã vai se repetir na sua  própria família. 

E voltando ao começo, toda esta história começa muitas das vezes com permissividade dos pais, da falta de zelo com os filhos, cuidados em saber com quem andam, para onde vão, falta de princípios morais  que um dia não foram repassados também aos pais e esta história tende a se repetir com seus filhos, e assim por diante.
Famílias infelizmente sendo destruídas e arruinadas por muitas das vezes faltar o “não, não faça, não é por aí, você não tem idade para isto...”



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