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sábado, 2 de fevereiro de 2013

Igreja e Estado


Igreja e Estado – que mistura é esta !?!

 
Não misturem Igreja com Política” - já dizia meu avô - pois daí pode sair um ensopado um pouco indigesto. O que será que ele estava querendo dizer com isto? Passei muito tempo me questionando  até entender que é necessário a separação entre Igreja e Estado.

Há muitos anos atrás isto já foi comentado,  “é uma doutrina política e legal que estabelece que o governo e as instituições religiosas devem ser mantidos separados e independentes uns dos outros  separação Igreja-Estado.”

A expressão se refere mais frequentemente a combinação de dois princípios: secularismo do governo e liberdade religiosa.

Quando resolvemos simplificar as coisas, entendemos que vamos à Igreja para cultuar, para obter paz espiritual, para nos congratularmos com os outros irmãos. Vamos às vezes sobrecarregados e queremos voltar aliviados. Lá queremos deixar os nossos fardos diários, depois de uma boa palavra animadora, de uma oração fervorosa. Nosso prazer em estar vinculado a uma Igreja é poder ver vidas sendo transformadas. O secularismo do governo não pode estar dentro das Igrejas. A liberdade religiosa sim, respeitando-se as diferenças.

Veja trecho da carta de Thomas Jefferson para a Associação Batista de Danbury, em 1802 "... eu contemplo com reverência soberana que age de todo o povo americano, que declarou que sua legislatura deve fazer nenhuma lei respeitando um estabelecimento da religião, ou proibindo o seu livre exercício", assim, construindo um muro de separação entre Igreja e Estado."

Assim sendo, o Brasil foi uma colônia do Império Português de 1500 até a independência do controle de Portugal em 1822, período em que o catolicismo  romano era a religião oficial do Estado. Com a ascensão do Império do Brasil, embora o catolicismo mantivesse seu status de credo oficial subsidiado pelo Estado, às outras religiões foi permitido florescer, visto que a Constituição 1824 garantia o princípio de liberdade religiosa.  Fonte Wikipedia.

 Bom saber disto, porém misturar Igreja e Estado sempre trás muita confusão, dissabores, discórdias, pois de fato o papel da Igreja é outro, e está sendo ainda mais invertido nestes últimos dias.

Dai pois  a Deus o que é de Deus, e a César o que é de César .Mateus 22.21”, ilustra muito bem o que estamos mencionando. O Santo não pode se misturar com o profano. "A meu povo ensinarão a distinguir entre o santo e o profano e o farão discernir entre o imundo e o limpo." Ezequiel 44:23, como por exemplo a  mistura da Política com o Ministério Pastoral (1 Pedro 5: 1-4; Hebreus 13: 7-17)
Precisamos separar segundo os princípios e valores bíblicos da política humana, que na maioria das vezes busca seus próprios interesses, onde na maioria das vezes beneficia apenas um grupo, e/ou os mais próximos..

Vemos muitas Igrejas  corrompidas pela política "suja" de seus líderes.
Púlpitos  maculados por “aqueles” que deixam  de pregar o Evangelho para fazer “política denominacional” .
Púlpito não é palanque e gabinete pastoral não podem ser salas de negociações . A  política ruim e egoísta é uma opção. Porém muitos preferem ir por ela, apadrinhando alguns e perseguindo outros. No interior das Igrejas isto não tem sido diferente.

Lamentamos tantas denominações históricas no país, sendo destruídas por aqueles que não são chamados para pastorear e ainda se perdem como políticos. A Igreja deve ter sua postura, mesmo a política fazendo parte de nossas vidas.

Deus deseja que não misturemos o santo com o profano. Que distinguamos a benção da maldição. No caso específico do Estado, mencionamos isto pois em alguns casos existe a mistura com a política, e na maioria dos casos, o interesse comum é sufocado pelos interesses pessoais, o que é degradante.
A separação entre Igreja e Estado foi promulgada pela Constituição de 1891 tem sido mantida. Seria bom que nossos líderes colocassem em prática isto.
A  Constituição do Brasil em vigor desde 1988, assegura o direito à liberdade religiosa individual de seus cidadãos, e proíbe o estabelecimento de Igrejas estatais e de qualquer relação de "dependência ou aliança" de autoridades com os líderes religiosos, com exceção de "colaboração de interesse público, definida por lei." Infelizmente não é isto o que acontece!

Oremos para que tenhamos líderes e servos de Deus com discernimento para avaliar, examinar e separar o santo do profano.
Reflitamos então que tipo de Igreja somos e que tipo de Igreja queremos ser. Independente e livre, ou manipulada e sem autonomia.

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